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Burocracia para comprovar identidade ainda é alta no Brasil

Os brasileiros têm faltado no trabalho ou na aula para comprovar identidade, principalmente em bancos, onde têm que comparecer presencialmente para comprovar que eram eles mesmos.

Os brasileiros têm faltado no trabalho ou na aula para comprovar identidade, principalmente em bancos, onde têm que comparecer presencialmente para comprovar que eram eles mesmos. É o que aponta uma pesquisa do Instituto Locomotiva e pela empresa Unico, startup que desenvolve formas de identificação digital., divulgada no dia 19 de julho.

Segundo o estudo, de cada dez pessoas, de um grupo de 1.561 que foi ouvido entre abril e maio deste ano, uma já faltou no trabalho ou na escola para confirmar identidade. Os entrevistados, das classes A à D, são de todas as regiões do país, e a margem de erro dos dados é de 2,5 pontos percentuais.

Ao todo, 98% da população dizem já ter tido pelo menos um contratempo na hora de confirmar a própria identidade. Além disso, 94% afirmam já ter perdido tempo e 84% relatam ter sofrido prejuízos financeiros.

Na visão do diretor de Comunicação da Unico, Pedro Henrique Oliveira, não surpreende que os bancos estejam no topo desse ranking. “Isso está associado a uma tentativa de criar cada vez mais camadas de proteção, o que é louvável. Mas o que o setor precisa entender é que há formas mais modernas de manter segurança sem gerar fricção”, afirma ele, que destaca que os deslocamentos para confirmar a identidade causam custos às pessoas que vão além da passagem de ida e volta. “Vamos imaginar que seja uma diarista. Quando ela precisa ir ao banco só para liberar o seu cartão, essa pessoa deixou de ganhar uma faxina e isso tem um impacto na vida dela”.

E não é só a falta no trabalho que a confirmação da identidade presencial pode gerar. Segundo a pesquisa, obter um auxílio do Estado ou conseguir um emprego também são obstáculos frequentes, sendo que três em cada dez indivíduos já perderam alguma oportunidade de trabalho porque não tinham documento comprovando a qualificação e um terço das pessoas entrevistadas não conseguiu se cadastrar em programas sociais porque faltava algum documento.

Neste sentido, o diretor da startup defende serviços como biometria facial para autenticação de identidades e assinatura eletrônica biométrica. “A pesquisa nos mostra que a sociedade caminha cada vez mais para ser digital e oferecer serviços digitais. Mas o acesso das pessoas, a forma de autenticar e reconhecer as pessoas, ainda segue o padrão de 10 ou 15 anos atrás”.

Da Redação do Portal Dedução