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Fim do horário de verão pode impactar o trabalho; veja dicas para driblar a situação

A percepção das pessoas com o fim do horário de verão é menor do que com o início, ainda assim, deve-se haver maior flexibilidade por parte da liderança”, explica.

O horário de verão acaba no dia 26 de fevereiro, porém, a mudança – comemorada por muitos – acaba deixando algumas pessoas mais dispersas, o que consequentemente influencia na produtividade no trabalho.

Dessa forma, para amenizar estes efeitos, o coordenador do serviço de neurologia do Hospital Anchieta, Ricardo de Campos, aconselha àqueles que possuem mais dificuldade em se adaptar à mudança que comecem a preparar o organismo com um pouco de antecedência, antecipando o horário de dormir nos dias anteriores à alteração.

Além disso, segundo a consultora da Triad Consulting, Valéria Nakamura, no primeiro dia de trabalho após a mudança, é ideal que os profissionais procurem trabalhar dentro do seu ponto produtivo. Em outras palavras, explica, que comecem o dia pelas tarefas mais simples, que exigem menos atenção e, ao longo do dia, vão assumindo as mais complexas.

Inclusive, completa Valéria, o líder deve observar sua equipe e ter mais tolerância e flexibilidade nos primeiros dias. “Se puder, no início, o líder deve atribuir as tarefas menos complexas, mesmo por que isso ajuda a evitar o retrabalho (…) A percepção das pessoas com o fim do horário de verão é menor do que com o início, ainda assim, deve-se haver maior flexibilidade por parte da liderança”, explica.

Por que nos afeta?
De acordo com Campos, as mudanças sentidas pelo organismo com o início ou o fim do horário de verão podem ser explicadas por causa de hormônios como o cortisol e a melatonina, que regem o relógio biológico e são secretados de acordo com o tempo de exposição ao sol e à escuridão.

“Todo o metabolismo do organismo passa a se pautar de acordo com as taxas de secreção desses hormônios. Quando uma hora do dia é suprimida ou acrescentada, passa a ter alterações nesse metabolismo (…) Mudanças abruptas no nosso relógio biológico trazem malefícios incontestáveis em relação à saúde”, explica, conforme publicado pela Agência Brasil.

Dentre os efeitos que as mudanças de horários podem resultar vão desde alterações no sono, que podem causar irritabilidade, estresse e baixa produtividade, até o aumento da instabilidade vascular.

Segundo o médico, idosos e mulheres são os mais afetados pelas mudanças de horários, por conta das diversas oscilações no organismo relacionadas à produção de hormônios.