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Apesar de baixo risco, micro e pequenas têm maior chance de dar calote, diz Serasa
Indústria é único setor que teve melhora no crédito, mas serviços oferecem menor risco
A possibilidade de as empresas brasileiras, que tomaram dinheiro emprestado, deixar de honrar os compromissos financeiros é baixo e está no mesmo nível desde outubro do ano passado, segundo pesquisa da Serasa Experian, que leva em conta os dados do segundo trimestre de 2011, divulgada nesta quinta-feira (21). Mesmo assim, as micro e pequenas corporações continuam mais suscetíveis à inadimplência em relação às empresas de maior porte.
O indicador da qualidade de crédito das empresas marcou 95,7 pontos entre abril e junho deste ano – mesmo nível o último trimestre de 2010. O índice vai de zero a cem e quanto maior, melhor a qualidade de crédito e, portanto, menor é a probabilidade de inadimplência.
Os efeitos do crescimento econômico sobre o risco de crédito das empresas está sendo neutralizado pelas elevações da taxa básica de juros (Selic), de acordo com os economistas da Serasa.
Entre as grandes empresas, houve leve melhora na qualidade do crédito, enquanto, nas médias, o indicador ficou estável na passagem do primeiro para o segundo trimestre de 2011.
As micro e pequenas empresas possuem o menor nível no ranking de qualidade de crédito, embora o indicador esteja em alta desde o quarto trimestre de 2009 e esteja no maior nível da série histórica, iniciada em 2007.
De acordo com a Serasa, a baixa possibilidade de inadimplência das micro e pequenas empresas nos últimos meses se deve ao foco desse tipo de firma no mercado doméstico, em expansão, e a baixa dependência ao cenário internacional, ainda bastante instável em boa parte do ano passado.
Análise por setor
A Serasa informou, por meio da pesquisa, que a qualidade no crédito só melhorou entre as empresas industriais durante o segundo trimestre de 2011.
Já nos setores do comércio e de serviços os indicadores de qualidade de crédito mantiveram-se estáveis.
A entidade destaca que o setor de serviços, comparativamente aos demais setores, ainda continua na liderança com o menor risco de crédito empresarial.